Fica um pequeno artigo de Nuno Albuquerque Matos, que subscrevo
por achar que retrata fielmente este liberalismo de algibeira - recordo-me
sempre do navio que não era nem cruzador pesado nem couraçado: chamaram-lhe
então couraçado de algibeira - em que se transformou esta Europa que queria ser
liberal e intervencionista, esta Europa que queria liberalizar e regular, esta
Europa que quer federalizar e descentralizar. Uma Europa de Nações não pode
aspirar ser mais que uma Confederação. E mesmo uma Confederação pode muito bem
ser pedir de mais a esta Europa que perde velozmente o seu lugar no mundo.
Se ela não mudar, a realidade mudá-la-á.
Entretanto em Portugal...
Em Portugal existe uma tradição muito
própria dos países desenvolvidos: para a maioria dos aspectos da ordenação da
vida em sociedade, se não mesmo a totalidade, existe (tem de existir!) qualquer
tipo de intervenção estatal. Não significa que o fenómeno intervencionista do
Estado seja um exclusivo do nosso país. De facto, assim não sucede: veja-se
como esta consideração ganha particular acuidade em países como a França, o
qual consegue fazer corar os arautos do famoso movimento laissez- faire.
Na verdade, é lícito considerar que um dos
grandes falhanços políticos e económicos um pouco por toda a União Europeia
(desde os processos de privatização e liberalização de mercados, por si
promovidos no início dos anos 80 do século passado), reside no facto de o modelo
de intervenção directa do Estado na economia, designado por Estado-Providência,
nunca ter deixado verdadeiramente de existir. Assim, a transição para uma
economia livre de mercado, com presença indirecta do Estado, designado por
Estado-Regulador, sucedeu apenas em parte.
Ler o resto do artigo de Nuno Albuquerque Matos aqui.
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