Para quem quiser ter uma visão mais ampla do percurso de vida de um dos grandes economistas do século, fica um vídeo que retrata a vida e a obra de Milton Friedman, em jeito mais ou menos autobiográfico.
Fica, também, exposta a perseverança e a determinação de um espírito indomável, habituado a argumentar com a razão como testemunha e não com estados de alma e/ou clichés socialistas desprovidos de sentido.
Merece, nem que seja só por isso, neste mundo pós-relativista em que vivemos, a nossa admiração.
Fala-se frequentemente que a liberdade - política e económica - e a propriedade privada são as pedras de toque do sistema capitalista ocidental dito de livre mercado.
O que o autor do vídeo, o Professor da Universidade George Washington, Doug Guthrie, nos pretende transmitir é que a China é um País que é não só muito mais descentralizado que, por exemplo, os Estados Unidos, mas também que o modelo de crescimento económico imparável - cerca de 10% ao ano nos últimos 30 anos - ali observado foi possível de alcançar sem a privatização do sector financeiro e de largos sectores industriais e dos respectivos factores de produção. E isto é uma absoluta revolução na historiografia moderna.
A tese do autor radica no seu entendimento que aquilo que havia sido concebido como o toque de midas da economia capitalista - propriedade privada dos meios de produção - não ser a característica mais relevante encontrada na economia chinesa: a pedra filosofal no seu ponto de vista é a concorrência, a competição que se gera entre províncias, entre distritos, entre empresas públicas concorrentes, entre municípios que concorrem ferozmente uns com os outros pela maior fatia de investimentos. E isto vai contra tudo o que dávamos até há pouco como certo.
Lança-se, pois, a discussão.
Ver com especial atenção a partir do minuto 13:00.